Entre as dez competências gerais apresentadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), dois itens traz a tecnologia como habilidade para o aprendizado. Enquanto uma diz respeito ao uso das linguagens tecnológicas e digitais, a outra fala em utilizar a tecnologia de maneira significativa, reflexiva e ética.
A gente percebe que a inclusão dessas competências, na verdade, é um reflexo do atual cenário tecnológico do mundo em que vivemos. As crianças, chamadas de nativos digitais, já nascem e crescem com as tecnologias presentes em seu dia a dia. O virtual é algo comum. Dessa forma, as escolas precisavam se adaptar a essas mudanças.
As competências tecnológicas da BNCC
Agora você vai conhecer e entender o que as duas competências tecnológicas propõem:
Competência 4: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
Essa competência aponta para que os alunos se comuniquem bem. É preciso entender, analisar e criticar os variados tipos de linguagens e plataformas, incluindo a digital, para que, assim, eles possam se expressar e partilhar informações. A competência relembra também a importância de uma experiência mais completa através de diferentes formatos de expressão, a fim de tornar os alunos capazes de ouvir outras pessoas com atenção, interesse e respeito por suas ideias e sentimentos.
Competência 5: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
A quinta competência da BNCC foca no uso específico das tecnologias na aprendizagem com senso crítico. Ela reconhece o papel fundamental da tecnologia, Mas é preciso ter um acompanhamento e responsabilidade de uso. Além disso, o estudante deve dominar o universo digital, sendo capaz de usar ferramentas multimídia para aprender e produzir.
A tecnologia – quando bem implantada na escola – traz diversos benefícios para a educação, listamos alguns para você. Confira!
Agiliza as atividades do dia a dia
O uso das ferramentas tecnológicas na escola agilizam as atividades desenvolvidas no dia a dia tanto pelos alunos como pelos professores, seja em uma pesquisa didática ou na comunicação entre eles, proporcionando novos caminhos para o ensino e colaborando com o processo de aprendizagem de todos.
Aproxima os alunos e os professores
Com as tecnologias na escola, é possível uma maior aproximação dos alunos e professores, aqui ambos aprendem juntos, como também aproxima pais e responsáveis da escola, dessa forma, há uma maior aproximação das pessoas de todas as idades e de todas as classes sociais, uma rede que os conectam e faz com que o número de exclusão digital redução significantemente e conte com a participação de todos.
Desperta a curiosidade
A tecnologia desperta a curiosidade, mas não apenas isso, ela proporciona um maior interesse nos alunos, uma nova forma de pensar, se comunicar, ajudar o próximo, estudar e aprender. Quando o conteúdo é passado de forma atraente, dinâmico, os alunos tende a ter um maior interesse e buscam novas formas de resolver os problemas apresentados em sala de aula.
Fortalece a comunicação
As tecnologias ajudam na construção de uma comunicação mais clara, direta e global. Uma comunicação mais rápida e eficaz, que aproxima não só alunos dos professores, mas também os responsáveis da escola. Como no uso das agendas digitais, onde é possível enviar todas as informações escolares, com apenas alguns cliques.
Vale lembrar que a tecnologia sozinha não transforma a educação, é preciso ter um objetivo pedagógico, onde a tecnologia se torna o meio para alcançá-lo e o professor é o mediador e o orientador do uso das tecnologias em sala de aula.
“A gente engaja o gestor, que vai definir os caminhos da implementação, engaja o professor, que vai ajustar a sua dinâmica de aula, engaja a equipe de tecnologia, que vai viabilizar o projeto, etc. Mas, principalmente, professor e aluno precisam se sentir parte de toda essa transformação na educação, cada um dando a sua contribuição. E essa transformação não é de um dia pro outro. Tecnologia sozinha não resolve nada se o projeto de transformação não for bem implementado”. (Andrea Nery – Google for Education)