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30 de abril de 2022
Como se conectar com a realidade por meio do maker?
“Para que eu vou usar isso”? Quantas vezes você já ouviu essa frase dos seus alunos, durante a aula de matemática, física, química e tantas outras disciplinas?
Cultura Maker

“Para que eu vou usar isso”? Quantas vezes você já ouviu essa frase dos seus alunos, durante a aula de matemática, física, química e tantas outras disciplinas? Do ponto de vista dos estudantes, o aprendizado muitas vezes parece algo totalmente sem finalidade na vida prática e, acompanhado dessa crença vem a desmotivação e o desinteresse.

Agora, imagine conseguir ensinar a eles, e de forma prática, como essas e outras matérias desenvolvidas na escola estão intimamente relacionadas ao seu dia a dia. E mais! Mostrar que por meio da apropriação deste conhecimento, eles serão capazes de impactar a realidade a sua volta, ou seja, torná-los agentes de transformação.

Essa é a proposta da cultura maker, a cultura do fazer, que utiliza tecnologias e ferramentas, analógicas ou digitais, para construir projetos que façam sentido, ou seja, que consigam apoiar a sociedade de alguma forma. “O objetivo é despertar no aluno esse olhar de inovação, de resolução criativa de problemas, incentivá-lo a percorrer um caminho de autonomia e empatia ao tema trabalhado, para chegar a um resultado que tenha um propósito. Buscamos responder, de forma prática, àquela pergunta tão comum entre os estudantes: “Por que eu preciso aprender isso?”. Assim, no dia a dia usamos os temas e conteúdos desenvolvidos nas disciplinas, de acordo com aquele momento, e mostramos como podem ser usados na sua realidade, através da mão na massa. Assim, se ele está estudando a propulsão, montamos um foguete de bexiga e trabalhamos esse conceito utilizando a física, métricas e fórmulas”, explica Luana Oliveira, Supervisora de Inteligência Pedagógica do Nave à Vela.

“A cultura maker é um processo de desconstrução do tradicional que leva o aluno a sair de sua zona de conforto para começar a praticar, criar e inovar”, destaca Marina Vieira, educadora do Colégio Drummond Gato de Botas, em Uberlândia (MG), que já adotou a metodologia do Nave à Vela.

As possibilidades de aplicação prática das diversas áreas do conhecimento são muitas. Luana conta, por exemplo, que ao desenvolver um projeto que tenha como tema a acessibilidade, o estudante é levado a se profundar neste assunto, buscar informações e refletir sobre aspectos como a importância de melhorar o acesso não apenas para quem tem dificuldade de locomoção, mas para toda a comunidade, como a mãe com carrinho de bebê, etc. “A partir daí trazemos perguntas que despertem a curiosidade e vontade de trazer inovações a respeito: Como a gente pode pensar em soluções para melhora a acessibilidade na nossa escola? Como a tecnologia pode nos apoiar nisso? É esse caminho que a gente traça: primeiro refletir sobre o tema para depois explorar e chegar num resultado final. E uma vez que chegue na solução, é possível que o aluno aprimore e siga com mais possibilidades para aquele seu produto”, conta Luana.

A cultura maker já é uma realidade

Fortalecer e significar a relação do aluno com o conhecimento, tornando-o protagonista de sua aprendizagem, essa é a proposta da cultura maker. Mas, para que essa jornada seja efetiva, é fundamental que os conceitos trabalhados façam sentido e estejam relacionados aos diversos momentos vivenciados pelo estudante.

É por isso que os materiais do NAV são desenvolvidos com um olhar específico para cada uma das jornadas do aprendizado e progridem de acordo com os segmentos.

Esta atenção aparece desde a Educação Infantil (onde as rodas de conversas possuem um papel relevante na criação de hipóteses), se fortalece no Ensino Fundamental (onde os alunos navegam entre o trabalho individual e coletivo, experimentando suas diferenças), e se torna imprescindível no Ensino Médio (quando o trabalho em equipe se torna essencial para a condução, execução e validação de todo o processo criativo e prototipação de soluções).

Ou seja, o maker trabalha temas conectados ao universo do estudante, de acordo com seu segmento e faixa etária, e se faz presente em todas as coleções do NAV, porém em diferentes abordagens:

  • Engenhocas (Ensino Infantil): o Maker brinca para conhecer a realidade.
  • Guia do Inovador das Galáxias (1ª a 4ª série do Ensino Fundamental): o Maker investiga a realidade.
  • Missão Maker (5ª a 9ª série do Ensino Fundamental): o Maker questiona a realidade.
  • Decole nas Ideias (Ensino Médio): o Maker transforma a realidade.

Vale lembrar que todas as coleções partem da nossa BCCI, que é a nossa Base Curricular para Cultura de Inovação, metodologia exclusiva do Nave à Vela que embasa todo o conteúdo pedagógico e está conectada com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

Preparando o aluno para o mundo real

Através do trabalho em grupos a cultura maker incentiva, ainda, o desenvolvimento de habilidades sociais fundamentais para o presente e o futuro, como a curiosidade, a empatia, a capacidade de argumentação, a comunicação, a construção colaborativa, o pensamento crítico e criativo, competências cada vez mais importantes.

Marina Vieira conta que no Colégio Drummond Gato de Botas, as atividades mão na massa são desenvolvidas com foco especial nas competências socioemocionais. “O trabalho prático e coletivo têm trazido importantes resultados nos projetos interdisciplinares. Estamos no processo, mas já percebemos que a cultura de inovação tem expandido nos estudantes o desejo de aprender e de explorar o invisível”, conta a educadora.

Já a Supervisora de Inteligência Pedagógica do Nave à Vela destaca que a proposta do maker é fomentar nos alunos uma atitude inovadora e transformadora frente a esse mundo volátil, instável e em constante mudança. “A tecnologia vem se desenvolvendo a passos largos e algo que foi lançado no ano passado, hoje já não faz muito sentido. Por meio da cultura de inovação o estudante se torna mais preparado para enfrentar esse cenário e buscar soluções. Acreditamos que, com essa jornada dessa jornada, seremos capazes de formar cidadãos que não só façam parte da sociedade, mas que também consigam compreendê-la e transformá-la. Cidadãos que tenham ideias e iniciativas para torná-la melhor”, conclui Luana.

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