Quando se trata de ensinar, escolher as metodologias de ensino que melhor se adaptem ao estudante é importantíssimo! Pois serão elas as linhas teóricas que darão base à elaboração do currículo escolar e orientarão os planos de aula.
Ou seja, a escola define qual das metodologias de ensino vai seguir e, então, a partir dessa escolha, definem-se os conteúdos que serão ensinados e a forma como se dará o processo de aprendizado.
O modelo tradicional e outras metodologias de ensino
O modelo tradicional é um dos mais conhecidos e utilizados no Brasil. Nele, o conhecimento está centrado no professor, que tem o aluno como uma espécie de “tábula rasa” na qual se acrescentará o conteúdo.
Existem, porém, outros métodos pedagógicos mais recentes, como o modelo construtivista, o freiriano e o Waldorf, em que o estudante tem participação ativa no processo educativo. Nelas, é incentivado também o desenvolvimento de competências socioemocionais, como a autonomia, a empatia e a colaboração.
Em sintonia com os objetivos de formação completa do aluno, listamos aqui 4 novas metodologias de ensino que dão suporte ao processo de aprendizado diante das inovações que os tempos atuais exigem.
1. Gamificação
A pedagogia da gamificação consiste em explorar os elementos que tornam os jogos tão atraentes para os jovens e utilizá-los no contexto da educação.
Assim, gamificação tem a ver com gerar incentivos, sistemas de pontuação, gratificações imediatas, construção de personagens, entre outros recursos típicos de jogos. Essas características mantêm o aluno engajado e em uma competição saudável consigo mesmo.
Com a gamificação, a escola pode trazer jogos já existentes, como por exemplo o Minecraft Education Edition. Trata-se de uma edição do jogo Minecraft, já popular entre os jovens, agora utilizado também em escolas ao redor do mundo.
Mas o que essa metodologia pedagógica realmente incentiva é que todo o processo de aprendizado seja transformado em um grande jogo, mais do que apenas a introdução de jogos na aulas.
Esse método vem ganhando cada vez mais adeptos. Afinal, se o estudante já está envolto no universo dos jogos, por que não aproveitar seus recursos para fins pedagógicos?
2. Sala de aula invertida
Segundo essa metodologia, o estudante tem acesso aos conteúdos das aulas de forma online e o espaço da sala de aula é utilizado para tirar dúvidas e interagir com os colegas.
Esta é uma das metodologias de ensino em que a escola une tecnologia com atividades de aprendizagem. Assim, os alunos estudam em casa, no seu próprio ritmo: podem, por exemplo, pausar as aulas para anotações ou retroceder a gravação caso não entenda alguma parte.
Já ao espaço escolar, cabe a elaboração das atividades, o estímulo ao aprendizado, ao compartilhamento de informações entre os alunos, ao debate e à boa convivência entre ideias diferentes.
Para ficar por dentro de como a tecnologia vem sendo uma excelente aliada da educação seguindo esses moldes, temos aqui um artigo para você sobre o ensino híbrido
3. Aprendizagem baseada em problemas
A aprendizagem baseada em problemas, ou problem-based learning (PBL), propõe que a construção do conhecimento se dê dentro de um contexto específico de desafios.
Nessa estratégia, em vez de apresentar o conteúdo ao aluno e depois pedir que ele aplique esse conhecimento na resolução de um problema, o problema é apresentado primeiro.
Esse é um método oriundo do ensino médico, no qual os aspirantes à medicina aprendem com base em casos de pacientes reais.
O papel do professor é, portanto, não apresentar toda a metodologia a ser trabalhada, mas propor uma situação desafiadora, geralmente tirada do dia a dia dos estudantes ou de situações relacionadas ao mercado de trabalho. Deve então, a partir disso, estimular os alunos a explorarem todos os recursos disponíveis e apontar durante o processo os possíveis erros ou acertos.
Algumas das competências que os alunos desenvolvem com essa metodologia são: trabalho em equipe, comunicação escrita e oral, pensamento crítico e analítico, entre outros.
4. Educação mão na massa
Essa metodologia baseia-se no “learning by doing”. Nela, o aluno aprende fazendo.
Nesse método pedagógico, a escola deve priorizar atividades interdisciplinares. Dessa forma, é possível desenvolver, além do conteúdo acadêmico e competências socioemocionais, capacidades técnicas relacionadas ao uso de novas tecnologias.
Alguns recursos que fundamentam e contribuem com esses processos práticos de aprendizado das novas metodologias de ensino são o Design Thinking e o Movimento Maker. Ambos são processos de aprendizado que envolvem a criação de experimentos pelo próprio aluno. Baseados nos conhecimentos exigidos pela BNCC, não deixam de fora o lado divertido do aprendizado.
Novas metodologias de ensino para novos tempos
Metodologias de ensino como as apresentadas acima vêm mostrando resultados cada vez mais positivos quando implementados. Por exemplo, estudos realizados na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, demonstram que estudantes que vivenciaram a aprendizagem mão na massa tiveram um desempenho 30% mais alto em comparação aos que continuaram nas metodologias de ensino tradicionais
Isso porque quando os estudantes estão envolvidos no processo, como protagonistas de seu próprio aprendizado, a educação se torna muito mais significativa. Dessa forma, os conteúdos passam a fazer mais sentido em suas realidades.
Por fim, em um mundo em constante mudança, é fundamental que a educação esteja atenta às necessidades de cada nova geração. Assim, é possível continuar formando estudantes envolvidos e interessados com o ato de aprender.
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